Al Hilal e Al Ahli entram em cena com proposta de até R$ 225 milhões por ano. Técnico italiano não pretende sair do Real Madrid antes do fim do contrato, válido até 2026.
Carlo Ancelotti dificilmente seguirá no Real Madrid para a próxima temporada — Foto: Jonathan Guimarães / One9 Content
Nem a proposta mais alta da história do futebol brasileiro — e provavelmente entre seleções — foi suficiente para tirar Carlo Ancelotti do comando do Real Madrid rumo à Seleção Brasileira. As tratativas com o treinador emperraram diante de dois fatores: o contrato vigente com o clube espanhol, que vai até 2026, e o assédio de clubes sauditas com cifras muito superiores às oferecidas pela CBF. Diante desse cenário, a entidade brasileira optou por encerrar as negociações.
Com a urgência de definir o sucessor de Dorival Júnior ainda em maio, a direção da CBF decidiu não insistir em uma situação que poderia se arrastar indefinidamente, como já ocorreu anteriormente. Embora oficialmente o impasse tenha sido atribuído à dificuldade de convencer Florentino Pérez a liberar o técnico, as propostas tentadoras vindas da Arábia Saudita pesaram para que Ancelotti recuasse.
Tanto Al Hilal quanto Al Ahli manifestaram interesse no italiano e aguardam o encerramento da temporada europeia para avançar. As ofertas chegam a 40 milhões de dólares anuais — algo em torno de R$ 225 milhões — valor muito acima dos 10 milhões de euros (R$ 64 milhões) sugeridos pela CBF. O confronto entre Hilal e Ahli nesta semana pela semifinal da Champions da Ásia, vencido pelo Ahli por 3 a 1, pode influenciar diretamente nas movimentações futuras.
Se conquistar o título, Matthias Jaissle, treinador alemão do Ahli, deve seguir no comando. Em caso de derrota, a investida por Ancelotti tende a ganhar força. Já o Al Hilal, eliminado do torneio continental e distante seis pontos do líder Al Ittihad, cogita a saída de Jorge Jesus, que vive reta final de ciclo e pode deixar o clube antes do Mundial de Clubes.
Com a indefinição em Madri, Ancelotti opta por cautela. Seu contrato atual ainda prevê o recebimento de 25 milhões de euros brutos (cerca de 13,2 milhões líquidos), o que inviabiliza um pedido de demissão sem compensação. O Real Madrid, por outro lado, gostaria de uma saída sem custos, especialmente com o nome de Xabi Alonso ganhando força nos bastidores como substituto.
A divergência travou o andamento do acerto e fez a CBF mudar de rota. A entidade não quis mais ficar refém de conversas paralelas e agora volta as atenções para Jorge Jesus. O técnico português aparece como favorito no momento, com Abel Ferreira sendo considerado um plano B, caso as negociações também se prolonguem.
Fonte: Jogo de Hoje 360